e reluzia a sua flora brava.
Na mansuetude das ovelhas mochas,
e tão estrita, como se alargava.
Ah, coito, coito, morte de tão vida,
sepultura na grama, sem dizeres.
Em minha ardente substância esvaída,
eu não era ninguém e era mil seres
em mim ressuscitados. Era Adão,
primeiro gesto nu ante a primeira negritude de corpo feminino.
Roupa e tempo jaziam pelo chão.
E nem restava mais o mundo, à beira
dessa moita orvalhada, nem destino.
Carlos Drummond de Andrade "O Amor Natural"
Lindo...de resto, adoro Carlos Drummond.
ResponderEliminarBeijinhos e bom fim-de-semana!
:)))
Já somos dois a adorá-lo. Nunca é demais divulgar a sua obra.
ResponderEliminarUm abraço